Reflexão sobre o exagerado número de reuniões a que somos sujeitos.
As imprescindíveis reuniões na escola têm sido um martírio para muitos sobretudo devido à dúvida generalizada da sua utilidade, eficácia e proporcionalidade dessas variáveis com o tempo utilizado. Parece também existirem professores que se alimentam delas tal é a ligeireza com que as propõem e a lentidão com que as concluem. Referindo-se aos seus convocadores, Rego (idem, p. 30) acrescenta que o devem fazer “(…) apenas quando são absolutamente necessárias”. Podem, então, ter várias imagens sendo a convencional aquela que as considera como o local privilegiado das tomadas de decisão, “estímulo de ideias, juntar o espírito de equipa, gerar planos de acção, proporcionar orientações valiosas” (Miller e Pincus, 1997, cit. Rego, 2001, p. 17). Jesus (1996, p. 339-340), apoiando-se em outros autores, acrescenta o seguinte: “o trabalho dos professores em equipa, no sentido da resolução de problemas comuns e do fornecimento e apoio mútuo, é a estratégia mais relevante na prevenção e na superação do mal-estar docente” pois entende-se que “o bem-estar, em todas as esferas é o objectivo primeiro da vida” (Seco, 2002, p. 11). É também indispensável que o participante reconheça a importância da sua presença e da sua influência nos resultados, proporcionando, deste modo, mais motivação e empenhamento no desenvolvimento das próximas acções.
Atribuem-se assim vantagens às reuniões, destacando-se a melhoria da qualidade de decisões e o desenvolvimento da identidade grupal. Restringem-se as desvantagens ao tempo gasto, à possibilidade do político se poder evidenciar e à desmotivação em que podemos cair se não virmos as nossas ideias aprovadas. A par da (1) má gestão do tempo onde é conhecido que quanto mais tempo durar a reunião menos eficaz se torna, (2) da ascensão do (mau) político inibindo a participação dos outros e (3) dos desvios da ordem de trabalhos, elegeria a (4) clarificação das competências do grupo, como os quatro grandes problemas a cuidar no que respeita à eficácia da reunião. A dimensão do grupo é um factor a ter em conta, uma vez que se este for grande (maior que vinte membros, segundo Ferreira et al., 1996) tem a vantagem de recolher maior número de ideias, mas a desvantagem de dificultar a comunicação. A heterogeneidade cultural dos membros ou diferenças nítidas de conhecimentos específicos, permite, também aqui, a ascensão do mais disponível ou do mais político. Por último, de salientar a comunicação como um peso importante nessa eficácia através dos seus diversos princípios, onde se destaca o “saber escutar” por parte de todos os intervenientes: “(...) é um acto de sentir, interpretar, avaliar e reagir ao que o interlocutor está afirmando. É um processo activo que envolve pensamento e dispêndio de energia” (Araskog, 1994, cit. Rego, 2001, p. 48).
Bibliografia Referenciada
· FERREIRA, J. M. Carvalho [et al.] – Psicossociologia da Organizações. Alfragide: McGraw-Hill, 1996
· JESUS, Saúl N. – Motivação e Formação de Professores. Coimbra: Quarteto Editora, 1996
· REGO, Arménio – Liderança de Reuniões – Na Senda de Soluções Mais Criativas. Lisboa: Edições Sílabo, 2001
· SECO, Graça M. S. Batista – A Satisfação dos Professores – Teorias, Modelos e Evidências. Porto: Edições Asa, 2002
Luís F. F. Ricardo (2007)
Atribuem-se assim vantagens às reuniões, destacando-se a melhoria da qualidade de decisões e o desenvolvimento da identidade grupal. Restringem-se as desvantagens ao tempo gasto, à possibilidade do político se poder evidenciar e à desmotivação em que podemos cair se não virmos as nossas ideias aprovadas. A par da (1) má gestão do tempo onde é conhecido que quanto mais tempo durar a reunião menos eficaz se torna, (2) da ascensão do (mau) político inibindo a participação dos outros e (3) dos desvios da ordem de trabalhos, elegeria a (4) clarificação das competências do grupo, como os quatro grandes problemas a cuidar no que respeita à eficácia da reunião. A dimensão do grupo é um factor a ter em conta, uma vez que se este for grande (maior que vinte membros, segundo Ferreira et al., 1996) tem a vantagem de recolher maior número de ideias, mas a desvantagem de dificultar a comunicação. A heterogeneidade cultural dos membros ou diferenças nítidas de conhecimentos específicos, permite, também aqui, a ascensão do mais disponível ou do mais político. Por último, de salientar a comunicação como um peso importante nessa eficácia através dos seus diversos princípios, onde se destaca o “saber escutar” por parte de todos os intervenientes: “(...) é um acto de sentir, interpretar, avaliar e reagir ao que o interlocutor está afirmando. É um processo activo que envolve pensamento e dispêndio de energia” (Araskog, 1994, cit. Rego, 2001, p. 48).
Bibliografia Referenciada
· FERREIRA, J. M. Carvalho [et al.] – Psicossociologia da Organizações. Alfragide: McGraw-Hill, 1996
· JESUS, Saúl N. – Motivação e Formação de Professores. Coimbra: Quarteto Editora, 1996
· REGO, Arménio – Liderança de Reuniões – Na Senda de Soluções Mais Criativas. Lisboa: Edições Sílabo, 2001
· SECO, Graça M. S. Batista – A Satisfação dos Professores – Teorias, Modelos e Evidências. Porto: Edições Asa, 2002
Luís F. F. Ricardo (2007)